Nutricionista compartilha relato pessoal e mostra que, no dia a dia, cada momento é de redescoberta e emoção
Meu nome é Amanda Oliveira. Acredito que muitos de vocês me conheçam como a nutricionista que compartilha com vocês, neste espaço, informações para uma vida mais saudável. Mas, hoje, aceitei um convite do Jornal CORREIO para mostrar um outro lado: a Amanda, mãe da Eloá, e os desafios que, como outras mulheres, tive que enfrentar para conciliar o lado pessoal e o profissional na realização desse sonho. Durante 1 ano eu me preparei nutricionalmente para engravidar e, no dia 6 de julho de 2020, fui agraciada com o nascimento da minha princesa. Logo ao primeiro olhar, senti que minha vida nunca mais seria a mesma.
Amamentar é lindo, é mágico, é nutritivo. Mas não é fácil: é preciso querer, insistir e ter apoio para proporcionar à mãe e ao bebê calma e aconchego para a liberação da ocitocina e ejeção do leite materno. Tive privação do sono, mas a natureza é perfeita e, com ajuda de algumas vitaminas e com a força de Deus, tudo se adaptou.
De volta ao trabalho
Trabalhei normalmente até 36 semanas de gestação e tirei uma licença maternidade de apenas 3 meses. Depois, eu me vi entre trabalhar, coisa que eu amo fazer, e entre a vontade de ficar com minha menina. Precisei da ajuda da pediatra, da consultora de amamentação e de ser medicada para controlar meu choro: eu queria estar com minha bebê integralmente. E por mais que eu tenha me preparado, após o parto, as mudanças no emocional, no corpo e nas prioridades eram gritantes. Hoje, minha prioridade é a Eloá. Quase nunca tenho tempo pra mim. Até hoje, trabalhar fora, lavar os cabelos, escovar os dentes na hora certa e tomar aquele banho relaxante nem sempre é tão simples. Mas tudo se torna mínimo quando olho para ela, pois sou inundada por ocitocina (hormônio do vínculo) e serotonina (hormônio da felicidade).
Aprendendo a conciliar
Com a maternidade, é necessário estabelecer prioridades, uma vez que ‘ser esposa, dona de casa, trabalhar fora, cuidar da alimentação da família, do bebê, manter a saúde mental e o seu corpo dentro do ideal’ tornam-se atividades desgastantes. Não julgo mulheres que não conseguem voltar à rotina frenética de serviço fora de casa, nem as que não conseguem se movimentar em atividade física. Não julgo as que comem mais do que deveriam por ansiedade ou falta de tempo de preparar algo saudável para si. Toda etapa precisa ser bem vivida para não deixar traumas ou culpa. Com o desenvolvimento e crescimento do bebê a vida se encaixa e surge tempo para se dedicar a você novamente. Gestar é para poucas e Eloá é um divisor de águas na minha vida.
Estamos vivenciando o Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação. Saiba mais sobre o leite materno na página 13.
Serviço
Nutricionista Amanda Oliveira
Especialista em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 06/09/2021
Nutricionista esportiva e clinica funcional
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