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Silvio Lopes


UM TEXTO MORTO



Gosto de rabiscar, traçar garatujas, encher o papel e a vida com rabiscos. Não sou poeta e jamais serei, nem mesmo daqui a duzentos anos. Sou de amargar luta rotineira com o neurônio mais estúpido que tenho. Me tiraram da vista a palavra certa. O Mundo quer assim. Disseram-me que ela me acompanha na escuridade e se esquiva ao amanhecer. Sendo assim, sou predador e presa. Sou um embuste do próprio embuste. Instalado o caos no peito carcomido, gasto, arruinado, sou de lançar, arrojar no lixo de papel, o papel que é o próprio lixo dissimulado. Não vou me converter por tal cisma. Não derramarei uma lágrima, nem que seja de crocodilo, insepulta, que me atormenta. Não vou me debruçar em oração por ela. Escrever deve ser coisa do absurdo, do estranho, a palavra certa, passou da memória.

Sílvio Lopes de Almeida Neto
Julho 29, 2021



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Escrito por Silvio Lopes, no dia 29/07/2021

Silvio Lopes de Almeida Neto


Advogado

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