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Tudo, ao que parece, pode ser resumido, nesta vida, a um conto. E a história pode ser revelada, entendida por um conto de amor, quanto de saudade. E a perversidade vem rápida demais. Ele andava bem desavisado. Nenhuma “fita branca” circundava, e nem poderia, tanta tristeza de alma. È tristeza trivial. Tristeza de um tempo.Um tempo que vai longe. Tem uma espécie de arame farpado em volta de um homem solitário. No coração ele é taciturno. Simples assim, taciturno. Enfermiço, ele jamais esteve pronto para a vida. Brincou no corso com toda intensidade. Foi amante de uma colombina sem que ela imaginasse. Sabe-se que tudo se dera no País do milagre. Aquela juventude, nem Sêneca destruiu com o acaso, o pior inimigo do homem. Naquele tempo, se desejava plantar narcisos na terra que ela pisoteava. Não se pode olvidar da impressão suave que a madeira velha, azul, com barrado amarelo, da varanda, causava. E assim, do mesmo gosto e de mesma madeira, os postes bem velhos que a rua tinha. Muitas testemunhas ouviram que a Seleção de Portugal não jogava de tamanco. Era o início do fim. Velho feito e ainda desavisado, hoje ele faz do seu turno na vida, o necessário a continuar indeciso, irresoluto e de coração calado. Não se pode mesmo cuidar, do que já cuidou Horacio, lá no Uruguai. Nas linhas de suas frases, as palavras de seu tempo, que na estação do agora são superfluidades e engastes que não procedem.


Sílvio Lopes de Almeida Neto



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Escrito por Silvio Lopes, no dia 13/09/2020

Silvio Lopes de Almeida Neto


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