Quem nunca comeu um doce ou exagerou na comida por estar ansioso (a) e se arrependeu depois? Todos nós estamos sujeitos à alterações de paladar vindas de um gatilho hormonal e/ou emocional.
A ansiedade é um sentimento muito comum e na maioria das pessoas relaciona-se com uma baixa na produção de Serotonina (hormônio da felicidade) e um aumento na produção de Cortisol (hormônio do estresse). Alterações estas devido à situações externas com colegas de trabalho, familiares, relacionamentos amorosos e familiares, dificuldades financeiras, problemas de saúde, enfim...
Uma pessoa ansiosa comumente aumentará a ingestão alimentar, embora haja aquelas que diminuem o apetite. A compulsão alimentar associa-se à sentimentos de compensação, insônia, frustração, tristeza, decepção, ansiedade, deficiências nutricionais e depressão.
Durante a noite um ciclo circadiano comanda nosso sono, porém pessoas que acordam várias vezes na madrugada, amanhecem cansadas, apresentam sonhos conturbados ou têm dificuldades para iniciar o sono são mais susceptíveis à ansiedade, compulsão alimentar, ganho de peso, depressão e alterações na curva de cortisol.
Vários hormônios reguladores da fome são produzidos à noite durante as fases REM e NÃO REM do nosso sono, por isso dormir mal pode favorecer o ganho de peso. O paladar fica mais favorável aos carboidratos, açúcares e gorduras animais que promovem uma sensação de saciedade e prazer emocional.
O Cortisol é um hormônio liberado pela suprarrenal e algumas de suas funções são: controlar os níveis de estresse, nos manter ativos e dispostos para as atividades do dia a dia. Ele nos proporciona um gás a mais e é essencial à nossa sobrevivência. Porém, seu descontrole promove alterações de humor, irritabilidade, baixa libido sexual, aumento do estresse desnecessário, disbiose intestinal, alterações na conversão do hormônio T4 em T3 e comprometimento do funcionamento ideal da tireoide o que corrobora para uma diminuição da taxa metabólica aumentando as chances de ganho de peso e desenvolvimento de Hipotireoidismo.
A compulsão alimentar provém de alterações no cortisol, insônia, relações emocionais distorcidas com a alimentação e deficiências nutricionais como: Magnésio, Vitamina D e Complexo B.
Em síntese, todos estes fatores se correlacionam e somam para o indesejável ganho de peso. Gerenciar o emocional com doses diárias de alimentos fontes de triptofano (banana, grão de bico, chocolate amargo), o sono com chás calmantes (Melissa, Camomila, Mulungu, Maracujá), o cortisol com frutas oleaginosas (Abacate) e trabalhar as deficiências nutricionais individualmente irão colaborar para diminuir todo o quadro sistemático de ganho ponderal. Usar especiarias como: canela, cacau; fibras como: aveia, semente de abóbora, chia e comer mais frutas são estratégias de modulação nutricional que farão toda a diferença.
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 05/05/2020
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