As palavras estão viajando. Todas as palavras estão desejosas na viagem. Aconteceu tudo isso, dentro de uma confusa solidariedade. Uma dentre elas fez um esquisso, primeiros traços de um desenho, assemelhado ao desencanto de um gato escondido no canto, sob uma chuva de lágrimas e de fel. Certo é, que são lágrimas de qualquer lugar. O gato pouco se importa ou se importou com a confissão das viajantes, menos ainda, com a confissão vinda de qualquer lugar. Sabe-se que no meio do nada tudo é uma moratória a explicar essa perfeição – imperfeita – no meio do peito. Pode ser que toda essa entropia – medida da desordem – seja forma de saudade. O princípio com as poucas frases de muitas palavras, depois, muitas frases de poucas palavras. Enfim, a resiliência, o afastar das idiotas, seja mitigação, alívio, do que não deve mais ser escrito. Viagem insólita, que não é de costume, não se pode afirmar seja culpa do gato, algoz, verdugo dos ratos importados do inferno pessoal. Não se pode, entretanto, abjurar, renunciar a todas elas publicamente. Insanas, ímprobas, excessivas, mas, contínuas, eram necessárias, ainda que nada possa ser explicado sob o céu. Todo silêncio, não obstante, é resultado da tristeza com a infâmia, com a desonra, com a calúnia dos que brincam e beijam a noite.
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 11/04/2020
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